Apesar do crescimento explosivo de universidades privadas no brasil, persiste um volume alto de analfabetismo funcional.
A cada 10 brasileiros, três não conseguem resolver operações básicas que envolvam, por exemplo, o total de uma compra, o cálculo do troco ou valor de prestações sem juros quando vão ao supermercado. Para essas pessoas, muitas tarefas do cotidiano são grandes desafios, dificultando a cidadania crítica e uma vida com autonomia.
Aonde estamos de fato quanto a educação superior brasileira? Aonde estávamos a uma década atrás? O que mudou de fato na educação superior brasileira? Para onde vamos ou estamos indo? O público universitário está devidamente preparado para o presente e futuro profissional? Convidamos nomes de peso para debatermos sobre o mercado universitário brasileiro, que tem passado por transformações profundas de sentido, objetivo, inovação.
Infelizmente, essa não é uma notícia nova.
Pela quarta vez consecutiva, o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf) mostrou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. Realizada pela ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro, com contribuição da Rede Conhecimento Social e parceria com o Ibope Inteligência, a edição de 2018 registra, ao todo, nove anos de estagnação no combate ao analfabetismo funcional brasileiro.
Além do elevado número de analfabetos funcionais, essa situação revela outro quadro preocupante: entre a população considerada funcionalmente alfabetizada, apenas um em cada 10 brasileiros podem ser considerados proficientes e aptos a analisar, por exemplo, gráficos de duas variáveis.
Segundo os dados do Inaf, quanto mais jovem é o grupo populacional analisado, melhores são os índices de alfabetismo, indicando que as gerações mais jovens têm tirado proveito do maior tempo de estudo, enquanto a taxa de analfabetismo funcional é de 53% entre os mais velhos (entre 50 a 64 anos), esse índice cai para 12% entre a juventude (de 15 a 24 anos).
No ensino superior, onde, em tese, todos os estudantes deveriam ter alto nível de alfabetismo para exercer uma vida acadêmica plena, ainda é pequena a proporção dos que atingem a proficiência: apenas 34%.
Elephanti
Fundador
Elephanti
Sao Paulo Chapter Director
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